O1 Seremos nós heróis?

SUMÁRIO “SOMOS HERÓIS?”: PT version 

Realizámos um documento de análise que responde a uma simples questão: como é que a deficiência e os jovens com deficiência são representados nas redes sociais?

Após uma breve investigação sobre a literatura existente, estabelecemos alguns critérios para a recolha de dados e construímos um repositório de conhecimento. Para a recolha de dados, fizemos uma distinção entre sites de informação de agências de notícias e outros sites de informação generalistas, assim como agrupamos expressões/comentários retirados de blogues, fóruns e grupos e redes sociais (por exemplo, Facebook, Instagram).

Foi realizada uma pequena investigação para se identificar a rede social mais utilizada por jovens adultos com deficiência e conhecer o propósito do seu uso. Adicionalmente pretendeu-se identificar os principais riscos e oportunidades que as pessoas com deficiência enfrentam na utilização dos meios de comunicação social.

Analisando os meios de comunicação social e ferramentas de análise discursiva existentes e preconcebidas, investigámos a presença de representações recorrentes da deficiência e valores atribuídos associados (por exemplo, pessoas com deficiência como “heróis”, “vítimas”, “vulneráveis”, “perigosos”, etc.). Na análise, avaliámos variáveis relacionadas com a tipologia de deficiência, idade, sexo, país e meios de comunicação social utilizados. Analisámos também os mecanismos de reprodução de imagens e tentámos compreender se algumas representações reúnem mais consenso do que outras.

Os resultados foram discutidos através da realização de grupos focais (pessoas com deficiência, profissionais de intervenção direta e familiares), com o objetivo de compreender se os resultados obtidos corresponderiam ou não às perceções das pessoas.

Posteriormente, foi realizado um outro grupo focal com profissionais de intervenção direta durante o qual se refletiu sobre as consequências a curto e longo prazo relativamente à exposição e representação dos jovens adultos com e sem deficiência nos meios de comunicação social e redes sociais.

Elaborámos, igualmente, um relatório com os resultados obtidos e com recomendações direcionadas a decisores políticos, profissionais de intervenção direta e profissionais dos meios de comunicação social.


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